terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Capítulo I: As paisagens do Mundo

Capítulo I: As paisagens do Mundo

As paisagens revelam que elementos naturais e culturais se “misturam” num determinado lugar. Quanto mais elementos artificiais houver numa paisagem, maior foi a intervenção humana naquele lugar. Por elementos naturais nos referimos aos elementos produzidos na natureza que existem na paisagem antes da fixação das populações humanas, como a fauna, a flora, rochas, rios... Já os elementos culturais se referem às criações humanas, como casas, avenidas, indústrias, ferrovias, shoppings centers, etc. Alguns espaços geográficos se apresentam altamente humanizados, com poucos elementos da paisagem natural original, exemplo: Município de Nilópolis (RJ). Outros ainda possuem vários elementos naturais presentes na paisagem, como o Município de Parati (RJ). O tempo de formação de cada um desses elementos dá-se em duas escalas: os elementos da natureza são formados numa escala de tempo que chamamos de tempo geológico, ou seja, a formação de rochas, solo, mares, rios e montanhas levou milhões de anos. E os elementos produzidos e acrescentados à paisagem pela ação humana ocorre num intervalo de tempo de décadas, anos, século ou no máximo milênios. A essa escala de tempo chamamos de tempo histórico. Essa diferença de ritmo de produção levanta uma questão que vai nos acompanhar durante nossas aulas de Geografia: Nosso ritmo de extração de matérias-primas da natureza é muito mais rápido do que o tempo de reposição da natureza. O que isso pode provocar no futuro próximo? Essa é para vocês pensarem.
Vocês também já devem ter percebido que as paisagens revelam profundas desigualdades sociais já à primeira vista. Algumas pessoas vivem em condomínios luxuosos em bairros servidos por ótima infra-estrutura, como na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Outras vivem em áreas muito pobres, com limitada infra-estrutura, como os habitantes de comunidades e favelas. Por que essa desigualdade social tão grande? Por que em alguns lugares há tanta ofertas de empregos, serviços, lazer e infra-estrutura e outros lugares possuem tão pouco? Essa diferenças se dão por uma série de interesses particulares e coletivos que conflitam ou coincidem no processo de ocupação e construção dos espaços geográficos. Essa é outra questão que vai nos acompanhar durante nossas aulas de Geografia. Todas as ações humanas tem um motivo e uma intenção. Tudo tem um porquê e um para quê. Por que os lugares acham-se ocupados da forma que estão? Para que existem e a quem interessa a continuidade dessas diferenças? Vamos descobrir juntos?

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